FURG suspende atividades acadêmicas para ações de saúde mental e acolhimento de alunos e servidores
15/09/2025
(Foto: Reprodução) Universidade criou projeto de atendimento junto com prefeitura e empresa
Divulgação/FURG
A Universidade Federal do Rio Grande (FURG) suspendeu por cinco dias, a partir desta segunda-feira (15), as atividades acadêmicas para focar no acolhimento e apoio psicológico, após o registro de quatro casos de suicídio entre alunos, ocorridos ao longo de 2025.
A medida vale para todos os campi da universidade entre esta segunda e sexta-feira (19): em Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha, São Lourenço do Sul e Santa Vitória do Palmar.
De acordo com a Furg, "o recente contexto de perdas impactou profundamente a comunidade acadêmica", o que levou à "necessidade de tempo para acolhimento, escuta e cuidado coletivo".
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Durante a semana de suspensão das atividades, o Serviço de Psicologia da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) realizará "reuniões de construção coletiva voltadas ao acolhimento, ao diálogo e à promoção de ações de cuidado comunitário". O objetivo é atender e orientar estudantes, diz a universidade
Em paralelo, o Serviço de Psicologia da Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (Progep) fará o apoio e acolhimento de servidores da universidade.
A FURG informou, por fim, que "as atividades administrativas seguem inalteradas".
Alertas
Especialistas destacam comportamentos que podem chamar atenção em pessoas que estejam em situação de sofrimento psíquico:
Mudança brusca de comportamento
Falar, postar ou buscar conteúdos relacionados a suicídio
Isolamento: família, amigos, eventos sociais
Perda de energia
Irritabilidade
Descuido com a higiene pessoal
Perda de prazer em atividades que antes a pessoa gostava
Assim como o aumento de comportamentos impulsivos:
Aumento do uso de álcool e drogas
Direção imprudente
Colocar-se em situações de risco
Deixar de tomar medicamentos necessários
Como ajudar?
Além de conhecer os possíveis sinais de que a pessoa está passando por sofrimento emocional, é preciso saber o que fazer com essa informação. O Ministério da Saúde também tem orientações:
Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio
Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento
Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa
Se a pessoa com quem você está preocupado vive com você, assegure-se de que ela não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa
Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo
Como buscar ajuda
Para quem precisa de apoio emocional, além de acionar a rede de apoio, o acolhimento inicial pode ser feito através do número 188, o número do Centro de Valorização da Vida (CVV), que é válido em todo território nacional e é gratuito.
O Sistema Único de Saúde (SUS) promove a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que fazem o acolhimento para quem precisar sem necessidade de agendamento.
CVV recebe ligações e atua como pronto-socorro emocional
Divulgação / CVV
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